quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

ATUALIZAÇÃO DA LISTAGEM DOS JOGOS DA NOSSA SELEÇÃO NACIONAL - OS LOBOS

Menos um jogo na listagem d'Os Lobos, após a FPR ter reconsiderado a inclusão dum Portugal-Japão que se realizou em Veneza, em Agosto de 2007, e sobre o qual o Mão de Mestre se pronunciou contrariamente, imediatamente após a sua inclusão.
Na verdade foram dois jogos que o Mão de Mestre contestou (o outro foi o jogo com a equipa sub-23 da África do Sul) mas que a FPR resolveu, na altura considerar na listagem dos jogos internacionais.

Veja aqui a listagem da FPR de 19 de Outubro de 2012:


Como se pode ver claramente, o jogo nº 178 é o Portugal-Japão realizado no dia 25 de Agosto de 2007 em Veneza.

Em artigo publicado neste hot-site no dia 29 de Julho de 2013 - a propósito da inclusão do Portugal-África do Sul Sub-23 na listagem da FPR - o Mão de Mestre contestou sem qualquer dúvida a inclusão do jogo Portugal-Japão na dita listagem oficial, como podem ver aqui:
http://www.portugalxv.maodemestre.com/2013/07/alteracao-na-apresentacao-e-entra-mais.html 

Como tivemos ocasião de afirmar na altura, mantivemos a inclusão na listagem desses jogos apenas para que ela esteja de acordo com a listagem oficial da FPR.

Desde então não voltámos a conferir as duas listagens, convencidos que qualquer outra alteração seria devidamente noticiada pela FPR.

No passado dia 8 de Fevereiro fizemos uma chamada no Facebook para os 284 Jogos Oficiais disputados por Portugal, e tal chamada mereceu os comentários de Pedro Sousa Ribeiro, que continua a ser um personagem de referência no que ao rugby nacional (e não só!) diz respeito.
A propósito desses comentários descobrimos que o jogo Portugal-Japão de 2007 já não faz parte da listagem dos jogos oficiais de Portugal, nem tão pouco da listagem dos jogos ditos não-oficiais!!
Confira aqui a cópia da listagem conforme ela se encontra hoje nos registos da FPR:



Então com a satisfação de vermos que o nosso ponto de vista foi aceite pela FPR - embora não saibamos quando nem por quem... - vamos proceder à devida alteração, retirando esse jogo das nossas listagens.

Quanto ao jogo com os Sub-23 da África do Sul mantemos a nossa opinião, e esclarecemos que 
dos nove jogos contra equipas não nacionais que foram considerados Outros Jogos Representativos
Com atribuição de Internacionalizações apenas dois não se disputaram contra equipas consideradas pela World Rugby como Men's Next Senior National Representative Team. (veja no final a listagem reconhecida pela World Rugby em 2012 e depois de 2013 a 2019)

Os dois encontros referidos foram disputados contra o Barbarian FC - que apesar de não ser uma equipa nacional é sem sombra de dúvida a equipa de rugby do mundo que maior consideração merece há mais de 130 anos, sendo portanto a sua inclusão na listagem plenamente justificada - e contra os ditos Sub-23 da África do Sul, que por muita consideração que mereçam não passavam de uma seleção nacional de um determinado escalão etário, sem qualquer reconhecimento internacional quanto à sua representatividade.
Convém esclarecer que o País de Gales considera sua next representative desde 2008 a equipa de Sub-20 (sub-21 de 2004 a 2007, antes disso País de Gales A) e a própria África do Sul passou a considerar os seus Sub-20 desde 2012 como sua equipa next representative.
Mas que tenhamos conhecimento, até esta altura a next representative sul-africana era a South Africa A / Emerging Springboks.

Mais uma vez, e no sentido de que não existam listagens divergentes, o Mão de Mestre manterá o jogo Portugal-África do Sul Sub-23, e retira o jogo Portugal-Japão, que na verdade não passou de um jogo treino para o Mundial de 2007.




NEXT REPRESENTATIVE 2019

sábado, 8 de fevereiro de 2020

O REGRESSO AO CHAMPIONSHIP

Portugal começou hoje da melhor maneira a sua caminhada no regresso ao Championship, prova máxima da Rugby Europe não considerando o Torneio das 6 Nações, batendo a Bélgica por 23-17.

O adversário de hoje tinha que ser vencido, e os Lobos cumpriram sem margem para dúvida, criando uma importante almofada em relação ao lugar da despromoção, que fica assim ocupado pela Bélgica.

Recorde-se que Portugal foi despromovido ao segundo escalão do Campeonato da Europa - para o Rugby Europe Trophy - no final do biénio 2015-2016, sendo substituído precisamente pela Bélgica que venceu no mesmo período, o segundo escalão europeu.

Nessa altura não havia jogo de qualificação (play off) entre o último do escalão principal e o vencedor do escalão secundário pelo que a descida de Portugal foi automática.
Curiosamente a partir da época seguinte foi introduzido o play off, em benefício claro da equipa que disputa o, agora, Championship onde as exigências competitivas são bem maiores, beneficiando à partida a equipa última classificada do escalão principal.
E a subida/descida, passou também a ser disputada anualmente e não de dois em dois anos.

Com essa introdução, Portugal levou três épocas para regressar ao Championship mesmo vencendo o Trophy em todas as vezes em que participou da prova.

Em 2016-2017 Portugal venceu o Trophy, mas perdeu o play-off com a Bélgica - última classificada
do Championship - num jogo disputado na Bélgica com o resultado de 29-18.

O ano seguinte foi muito complicado, com atribuição de derrotas por utilização indevida de jogadores por diversas equipas do Championship, e com isso a Roménia ficou na última posição, tendo Portugal que defrontar os romenos no play-off, tendo perdido por 26-6, na Roménia.

 Finalmente em 2018-2019 a vitória coube a Portugal que foi à Alemanha vencer o play-off por 37-32, e com essa vitória assegurar o regresso ao convívio com o melhor do rugby europeu fora do 6 Nações.

Com esta vitória sobre a Bélgica, Portugal fica para já afastado da ameça de ter que disputar o tal play-off...

Mas ainda é cedo para relaxar... Muita coisa pode acontecer e se Portugal foi beneficiado porque jogou em casa com os belgas, a partir de agora
Portugal pelo contrário joga em casa com a Roménia (nas Caldas da Rainha no próximo sábado) e a Geórgia - jogo que terá lugar em Paris no dia 7 de Março - mas vai ter que ir jogar na Rússia (22 de Fevereiro) e em Espanha na última partida da competição, no dia 15 de Março...

E se o histórico dos jogos com a Bélgica é claramente favorável a Portugal o mesmo não acontece em relação a nenhum dos próximos adversários, como no caso da Roménia a quem apenas vencemos em três ocasiões num total de 24 jogos disputados, ou da Rússia que nos bateu em 15 das 20 vezes em que nos defrontámos.
A última vez que vencemos a Roménia ou a Rússia foi em 2011.
Depois da vergonha que passou com as derrotas por utilização indevida de jogadores, a Roménia procura recuperar a sua posição na tabela do Championship e na época transata ficou na terceira posição, atrás da Geórgia e da Espanha.

No caso da Geórgia com quem jogámos 20 vezes e vencemos apenas em quatro ocasiões (a última em 2005) ainda registámos empates em 2006 e 2009, mas os Lelos estão neste momento uns bons degraus acima da concorrência, sempre na expectativa que o acesso ao 6 Nações passe a ser por mérito desportivo e não por qualquer outro motivo.
O resultado de hoje frente à Roménia (vitória da Geórgia por 41-13) é muito significativo da diferença entre as equipas colocadas nas primeira e terceira posições do Cahmpionship 2019.

Finalmente no dia 15 de Março disputa-se o último encontro de Portugal no Championship 2020 e a tarefa não é nada pequena já que a Espanha assumiu a segunda posição no Europeu de 2019, e venceu este final de semana a Rússia por 31-12 em Sochi, deixando claro que continua a lutar por um lugar de destaque na competição.
A Espanha foi o primeiro adversário de Portugal (em 1935) e das 36 vezes em que as duas equipas ibéricas se encontraram os espanhóis venceram 24 vezes, houve dois empates (um deles em 2013 em Santiago de Compostela) e 10 vitórias lusitanas, a última das quais em Coimbra em 2012 - Portugal apenas venceu fora em três encontros: 1966, 2004 e 2010.
Ou seja, em Espanha, os espanhóis costumam ser os mais fortes...

Mas vamos acreditar que o jogo da próxima semana possa trazer algo de bom para as nossas cores e que pelo contrário, os belgas não tenham sucesso na recepção à Rússia

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

MAIS UM ANO DE EUROPE TROPHY

Portugal inicia este sábado a sua caminhada no Rugby Europe Trophy perante a Polónia, em Setúbal, tendo em vista mais uma temporada de vitória em vitória até (quem dera que não!) à derrota final.

Na verdade não se vê adversário à altura dos Lobos nesta terceira época lusitana na segunda divisão do Rugby da Europa (sem contar, obviamente, com as Seis Nações), como a história dos encontros com os seus oponentes demonstra.


Contra a Polónia, Portugal jogou nove encontros e perdeu três, mas a última derrota teve lugar em 1983, e de lá até agora foi uma sequência de vitórias de que se destacam as duas últimas, já a contar para o Rugby Europe Trophy.
Apesar desta superioridade é bom notar que no ano passado, em Lodz, Portugal venceu por 27-25, um resultado quase inesperado, tendo em conta o histórico a partir de 1985.

O segundo jogo de Portugal na competição deste ano será contra a Holanda, que potencialmente é o nosso mais sério opositor, embora das 14 partidas entre as duas seleções os holandeses apenas tenham vencido em três ocasiões, das quais a derradeira no ano 2000, e nas duas temporadas em que as equipas se encontraram a contar para o Europe Trophy, Portugal tenha sido claramente superior, com destaque para a sólida vitória obtida em Lisboa no ano passado.
Claro que este ano, com o jogo a ter lugar na Holanda (no dia 9 de Março) as coisas não devem ser assim tão fáceis, mas a obrigação de vencer mantém-se.

Uma semana depois do encontro na Holanda, Portugal terá mais um desafio fora de portas, desta feita contra a Suiça, com quem já jogou em seis ocasiões, tendo vencido em todas elas, incluindo os duas a contar para o Europe Trophy, e apesar de ter havido uma clara subida de rendimento dos suiços, que no ano passado em Setúbal marcaram nada menos que 17 pontos, mostrando um potencial ofensivo que pode vir a ser um problema, mas ainda não deverá ser desta vez que os Lobos serão derrotados

Depois destes dois encontros fora de portas, Portugal volta a jogar em casa, desta vez com a República Checa na 12ª partida entre as duas equipas, e também aqui - como em todas as outras partidas desta prova - os Lobos têm obrigação de ganhar, somando a 12ª vitória sobre este adversário.
Note-se que nos dois primeiros jogos (em 1985 e 1989) Portugal defrontou a Checoslováquia, já que apenas em 1 de Janeiro de 1993 se formalizou a separação dos dois países - República Checa e Eslováquia.
Jogando em Lisboa como em 2018, no dia 23 de Março, Portugal deverá confirmar na ocasião a sua vitória no Trophy 2019, embora lhe falte ainda defrontar a Lituânia.

E esse encontro com a Lituânia fora de casa, será uma estreia para Portugal, que não teve até agora oportunidade de encontrar esta equipa pela frente em rugby de XV, embora em sevens a história seja diferente e as duas equipas já se tenham encontrado em nove ocasiões, com uma vitória apenas para os lituanos - em 2015, em Lisboa, no torneio de qualificação para os Jogos Olímpicos.
A Lituânia chegou este ano ao Europe Rugby Trophy, depois de vencer a Conferência 1 Norte, ganhando todos os jogos que disputou (Suécia, Ucrânia, Hungria e Letónia) e batendo Malta no play-off que a opôs ao vencedor da Conferência 1 Sul por elucidativos 81-10.

Pois se tudo parecem rosas para Portugal, e se exija à equipa a vitória em todos estes encontros, o mesmo não se pode dizer em relação ao play-off de acesso ao Rugby Europe Championship que irá opôr os Lobos ao último classificado da divisão superior, onde a vantagem está por inteiro ao lado do nosso adversário.

Convém mais uma vez referir que antes de Portugal desce de divisão não havia play-off, a descida e a subida de divisão era automática.
Uma inexplicável moleza de Portugal deixou que esse jogo fosse implantado, beneficiando claramente a equipa que disputou os jogos da divisão superior.
Pergunta-se mesmo se houvesse play-off em 2015-2016, se Portugal teria descido para o segundo escalão competitivo europeu...

Em 2016-2017 Portugal defrontou nesse play-off a Bélgica, curiosamente a última equipa a subir ao escalão principal sem ter que disputar um play-off, e perdeu na Bélgica por 29-18, e em 2017-2018, quando tudo indicava que o adversário de Portugal seria a Alemanha, houve aquela história dos jogos perdidos por utilização indevida de jogadores, e quem se tramou foi Portugal, que apanhou pela frente no play-off a Roménia, perdendo de novo fora de casa, desta vez por 36-6.

Enfim, e concluindo, Portugal tem obrigação de vencer o Trophy pela terceira vez consecutiva, mas se vencer o play-off, aí sim!, a equipa estará de parabéns.

JOGOS JÁ DISPUTADOS NA COMPETIÇÃO DE 2018-2019 E CLASSIFICAÇÃO ACTUAL



sábado, 11 de março de 2017

DEPOIS DE VENCER HOLANDA E MOLDÁVIA, LOBOS ATACAM SUBIDA E RWC

Contando por vitórias todos os jogos realizados no Rugby Europe Trophy, e faltando apenas o jogo com a Ucrânia no dia 1 de Abril, Portugal prepara-se para defrontar no dia 20 de Maio o último classificado do Rugby Europe Championship, num play-off que determinará quem disputa o Championship em 2018.

Se vencer o Trophy como tudo indica que venha a acontecer, Portugal terá em Novembro um importante desafio a contar para o apuramento para o Mundial de 2019 no Japão.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

DADOS ACTUALIZADOS EM 27 DE FEVEREIRO DE 2017

Todos os dados foram actualizados em 27 de Fevereiro de 2017, para que você saiba qual o peso de Portugal na sua deslocação a Amesterdão, onde defronta a Holanda em jogo decisivo para o rugby nacional.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

ALTERAÇÃO NA APRESENTAÇÃO E INCLUSÃO DE MAIS UM JOGO

Nesta data passámos a incluir na nossa listagem mais um jogo, para que ela esteja de acordo com a listagem oficial da FPR.

No entanto não queremos deixar de referir que não concordamos com a inclusão deste jogo - Portugal África do Sul Sub-23 disputado em 3 de Dezembro de 2000 - já que se trata de uma equipa de um escalão etário e não uma segunda equipa de um país.

Aliás aproveitamos para referir que também não concordamos com a inclusão do jogo Portugal-Japão, disputado em 25 de Agosto de 2007, já que de acordo com o relatório sobre o mesmo, da Federação Japonesa, houve um número ilimitado de substituições, tendo o Japão trocado praticamente toda a equipa na segunda parte.
Repare no resumo do relatório japonês, no que diz respeito às substituições, e depois a classificação de Jogo-treino atribuída pela Federação Japonesa ao encontro.

1ª Parte
2ª Parte
FW(forwards)
1Yamamoto (1st half 20mins sub Sugiura), 2Inokuchi 3Yamamura
4Kumagaya 5SamuraiBatsubei
6Watanabe 7Sasaki
8Kiso
                                      
BK(backs)
9Yatome (1st half 31min sub Kim),
10Ono
11Onozawa 12Oto 13Taira 14(Captain) Ohata (1st half 10mins injury sub Loamanu)
15Aruga
FW
1Sugiura (Sub 2nd half 21min Inose), 2Matsubara (sub 31mins Aoki) 3Soma
4Ono 5Thompson
6Kiso (21mins sub Sasaki) 7Asano 8(Captain)Miuchi
                   
BK
9Yoshida (31mins sub Kim),
10Ando (13mins injury sub Aruga)
11Loamanu 12Onishi 13Imamura 14Endo
15Robins


Para completar este assunto, fique ainda com o registo japonês da constituição e substituições na equipa portuguesa nesse encontro.
Apesar da pouca qualidade da tradução, é fácil perceber o número de trocas efectuadas por Portugal.
Mas para que não haja duas listagens diferentes, acabámos por incluir o jogo na nossa listagem.


Fizemos também duas alterações na apresentação da listagem de todos os jogos, passando a apresentar no topo da lista os jogos mais recentes, deixando os jogos mais antigos mais para baixo.

Por outro lado introduzimos um pequeno quadro, no início da listagem, com a indicação do total de jogos realizados, quantas vitórias, empates e derrotas, e ainda o total de pontos marcados e sofridos e o respectivo diferencial.

Esperamos ter conseguido melhorar a apresentação e estar agora mais fácil de acompanhar o que se passou com a nossa equipa representativa ao longo dos anos.

sábado, 9 de março de 2013

ATUALIZAÇÃO

Os dados desta base de informações foram atualizados no dia 9 de Março de 2013.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

DADOS ATUALIZADOS

ATUALIZADO DEPOIS DO URUGUAI-PORTUGAL, EM MONTEVIDEO, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2012

CORRIGIDOS OS LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO PORTUGAL-CHILE DE 2005 (Para Campo Maior)  E DO PORTUGAL-URUGUAI DO MESMO ANO (Para Estoril)

ATUALIZADO DEPOIS DA TAÇA DAS NAÇÕES, DISPUTADA EM BUCARESTE EM JUNHO DE 2012

VEJA TODOS OS DADOS ATUALIZADOS EM 25 DE FEVEREIRO DE 2012, após o jogo com a Geórgia, que os Lobos perderam por 32-5.
Esta foi a maior derrota no Europeu das Nações desde Fevereiro de 2008, frente a este mesmo adversário, e a quinta derrota seguida, o que acontecera pela última vez em 2009.

terça-feira, 12 de abril de 2011

PORTUGAL XV VENCE BRITISH ARMY

REALIZOU-SE ONTEM O ANUNCIADO JOGO ENTRE UM XV PORTUGUÊS E A BRITISH ARMY, que os portugueses venceram por 21-17.

Aqui fica o relato que mão amiga nos fez chegar, ainda ontem:

Hoje no Complexo Desportivo do Browns, estava tudo para um bom jogo de rugby e assim mesmo o foi. 


Com uma primeira parte de bom nível de Portugal, onde conseguiram fazer as suas jogadas e marcar os 21 pontos. 


Mas na segunda parte foi completamente diferente com a equipa inglesa a impor o seu físico e a conseguir fazer as suas jogadas e só não marcaram porque falhavam já em cima da linha de ensaio com avant's. 


Mas um bom jogo de rugby com algum publico, o Algarve merece mais jogos destes.


Fique com a ficha portuguesa do jogo:


PORTUGAL XV
1 Joao Junior (Nuno Taful)
2 João Correia
3 Jorge Segurado (João Mateus)
4 Francisco Almeida
5 Rui D’Orey
6 Jacques Le Roux (1E)
7 Luis Sousa (1E)
8 Juan Severino (Afonso Sousa)
9 Pedro Leal (3PT)
10 Manuel Costa (Francisco Serra)
11 Bernardo Silveira (Duarte Moreira)
12 Francisco Mira (Manuel Castro Pereira)
13 Pedro Silva
14 Adérito Esteves (Gonçalo Foro)
15 Carl Murray (1E) (Eduardo Salgado)

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A FPR ESCLARECE

A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY ESCLARECEU através do Boletim Informativo nº 33 os jogos da seleção nacional de seniores que devem ser considerados internacionais, criando assim as condições necessárias ao estabelecimento de uma listagem definitiva dos jogos e dos jogadores internacionais portugueses.

De acordo com aquele Boletim Consideram-se jogos internacionais, dando direito a consideração de internacionalizações para os jogadores neles intervenientes, aqueles em que Portugal defronta as equipas principais de países. e acrescenta que Estes jogos poderão estar integrados em competições organizadas sob a égide da IRB e/ou FIRA-AER, ou estabelecidos directamente entre países.


No entanto é aberta a possibilidade de se considerarem internacionais outros jogos, não envolvendo outros países ou as suas equipas representativas, como foi já verificada no encontro, realizado em 2003, em que Portugal defrontou o Barbarian FC. Nessa ocasião foi tomada pela Direcção da FPR essa decisão.


O Portugal XV irá proceder de acordo com esta decisão da FPR, passando a considerar o jogo Portugal-Barbarians, realizado em 10 de Junho de 2004 (e não 2003 como mencionado no Boletim da FPR), na lista dos jogos internacionais - deixando de constar na listagem de Jogos Não Internacionais - que passarão a ser, de acordo com os nossos registos, 210 e não 209.

Seria da maior importância que a lista e os resultados dos jogos de Portugal fosse definitivamente reconhecida pela FPR pondo ponto final em algumas dúvidas ou incertezas, e que fosse também, em simultâneo ou não, publicada a relação completa dos internacionais portugueses.

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

sexta-feira, 18 de março de 2011

LOBOS FERIDOS MUDAM MEIA EQUIPA

DEPOIS DO DESAIRE DE MADRID OS LOBOS PROCEDEM A MUDANÇAS, das quais a mais importante parece ser o regresso de Pedro Leal à defesa e António Aguilar à ponta, com José Pinto a manter-se no comando das operações.

Mas as mudanças nas linhas atrasadas não ficam por aqui, com a entrada para o XV inicial de Adérito Esteves e Carl Murray, e a passagem de Pedro Silva para segundo centro.

Estas alterações demonstram bem o desagrado da equipa técnica, apenas não se compreendendo que não seja experimentada também uma solução deiferente na camisola 10, já que dificilmente se aceita que havendo um tal desagrado com o funcionamento de toda a linha de 3/4, o seu médio de abertura não tenha sido afetado também.

Assistimos durante a campanha internacional ao que pareceram castigos a jogadores, como no caso de José Pinto que não jogou contra a Georgia, depois de não ter podido por motivos profissionais deslocar-se à Rússia, ou no caso de Pedro Cabral afastado da equipa para o jogo com a Espanha, depois de ter falhado um pontapé aos postes no jogo com a Georgia.

Como compreender então que não se mexa em Joe Gardener que teve nos dois últimos jogos exibições bem abaixo do que se exige a este nível?

O regresso de Leal à camisola 15 e o avanço de Aguilar para a ponta, saúdam-se, como se saúda também a manutenção de Pinto com o número 9.

Mas estranha-se a insistência em não convocar um segundo médio de formação de raiz, antevendo-se que a meio da segunda parte se proceda à subida de Leal , a saída de Pinto e o regresso de Aguilar para a defesa, naquela que está muito longe de ser a melhor solução para a equipa.

Quanto aos avançados apenas se verifica o regresso de Vasco Uva à equipa inicial - a sua ausência em Madrid não se compreendeu muito bem, já que Le Roux está longe dos seus melhores dias - e apenas uma eventual lesão de Tiago Girão pode também, nesta altura, justificar o seu afastamento do grupo dos 22.

Fernando Almeida e Francisco Serra aparecem no grupo final pela primeira vez, e é natural que tenham oportunidade de se estrearem na equipa.

Aqui fica a equipa inicial de Portugal:
Cristian Spachuk, Lionel Campergue, Juan Murré
Juan Severino, Gonçalo Uva
Jacques Le Roux, Julien Bardy, Tiago Girão
José Pinto, Joseph Gardener
António Aguilar, Carl Murray, Pedro Silva, Adérito Esteves
Pedro Leal


E no banco estarão:
Bernardo Duarte, Anthony Alves, Rui D'Orey, Fernando Almeida
Pedro Cabral, Bernardo Silveira, Francisco Serra


Nota:
Acaba de ser divulgada pela FPR (18,45h de sexta feira) uma listagem de jogadores portugueses para o jogo de amanhã, diferente da que fora anunciada ontem.
Nesta nova listagem, o jovem setubalenses Fernando Almeida não estará no banco, sendo o lugar ocupado por Tiago Girão.


VOLTAR A PÁGINA INICIAL

segunda-feira, 14 de março de 2011

UMA PEDRA ESPANHOLA NO SAPATO LUSITANO

PORTUGAL REALIZOU EM MADRID O SEU JOGO INTERNACIONAL NÚMERO 208, sendo simultaneamente o 31º com a Espanha, que continua com uma apreciável vantagem no conjunto desses encontros.

O primeiro deles realizou-se em 13 de Abril de 1935, e foi preciso aguardar até 1966 para que Portugal pudesse festejar a sua primeira vitória, que viria a repetir em 1967, para de novo entrar na senda das derrotas até 1984 (empate a 6-6) e depois mais 15 anos de derrotas, até que em 2000, com a chegada do novo século, os portugueses passaram a ter alguma superioridade e nos últimos 11 anos, em que se realizaram 11 encontros, a nossa seleção nacional venceu sete e perdeu apenas quatro.

Madrid no entanto não tem dado muita sorte às nossas cores, e apenas em duas ocasiões saímos de lá com um sorriso nos lábios - em 1966 e no ano passado, de um total de 14 jogos realizados na capital espanhola.

Portanto meus amigos, não foi nada agradável trazer mais uma derrota de Madrid, mas também não é nada que esteja muito fora da normalidade.

No próximo sábado vamos defrontar a Ucrânia, e neste caso a história dos jogos entre as duas equipas apenas tem duas linhas, mas em cada uma delas se escreveu uma vitória lusitana.

Em 2004 em Odessa ganhámos por 38-6, e dois anos depois voltamos a ganhar, desta feita em Lisboa por 52-14.

No entanto a Ucrânia é uma equipa em desenvolvimento, e parecendo embora ainda estar muito longe do nível das restantes equipas que disputam o europeu, a verdade é que não aparece no 6 Nações B por acaso, ganhou esse direito ao vencer a Divisão 2 e deve portanto ser respeitada como merece.

Veja os quadros dos jogos da nossa seleção clicando nas etiquetas respectivas.

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

quinta-feira, 10 de março de 2011

CAPITÃO JOÃO CORREIA FORA DA ALCATÉIA PARA MADRID

DEVIDO A UMA INFELIZ LESÃO CONTRAÍDA NA PASSADA TERÇA FEIRA no treino da seleção, João Correia está fora da equipa que jogará em Madrid, sendo o seu lugar ocupado por aquele que tem sido o seu lugar tenente durante toda a campanha - Lionel Campergue.

O jovem talonador de 23 anos, que joga no PAU da ProD2 francesa, e que tem sido escolha constante para a primeira equipa do clube desde que em 2007-2008, então com 20 anos, teve a sua oportunidade, e que nos anos seguintes jogou no campeonato francês por 22 vezes (2008-09), 25 vezes (2009-10) e que este ano já disputou 19 partidas, estreou-se com as quinas ao peito no passado mês de Novembro, contra os EUA, e participou em todos os seguintes encontros a contar para o Campeonato da Europa.

Na terceira linha Jacques Le Roux vai ter oportunidade de mostrar o que vale, entrando de início, e José Pinto regressa ao cérebro da equipa, com a braçadeira de capitão, depois de ter estado ausente na Rússia e contra a Geórgia ter jogado apenas na fase final do encontro.

Nas linhas atrasadas José Lima ficou de fora, dando o seu lugar a Bernardo Silveira, e Pedro Cabral cedeu a posição a Carl Murray.

Das opções do treinador fazem parte ainda Adérito Esteves, pela primeira vez este ano, e João Junior, mas um deles terá que sair da lista final, que apenas comporta 22 jogadores.

Fique com o grupo dos 23 para Madrid:

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

sábado, 5 de março de 2011

EQUIPA PORTUGUESA DERROTA ENGLAND STUDENTS

UMA EQUIPA PORTUGUESA DERROTOU HOJE OS ENGLAND STUDENTS POR 29-25 em jogo realizado no Estádio Universitário de Lisboa.

Integrado nos trabalhos de preparação da seleção nacional, para este jogo não foram convocados os jogadores não residentes em Portugal, nem a maioria dos residentes que têm constituído a base da nossa equipa nacional.

Foi um excelente resultado, e a equipa técnica terá tido oportunidade de observar, em situações de jogo e de pressão, alguns dos que potencialmente virão amanhã a integrar a equipa dos Lobos.

O fim de semana foi também aproveitado pelos nossos internacionais que não foram convocados para este encontro, para recuperarem de algum cansaço que terão acumulado com a realização dos três primeiros jogos do Europeu, e espera-se que a equipa regresse em toda a sua força no próximo fim de semana, em Madrid, quando defrontar a Espanha na quarta jornada da competição.

Aqui fica a relação dos jogadores utilizados neste fim de semana:

VOLTAR A PÁGINA INICAL

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

OS LOBOS – A EQUIPA UM A UM

A GEÓRGIA VEM A LISBOA NA POSIÇÃO DE FAVORITA À VITÓRIA no jogo e no Campeonato da Europa, mas com a consciência de que a sua tarefa não será fácil e de que a equipa portuguesa tudo fará para repetir os êxitos conseguidos entre 2003 e 2005.

A certeza dessa consciência é garantida com o cuidado que foi posto na preparação da equipa, e na escolha minuciosa dos seus jogadores, quase todos a jogarem em França e cinco deles na mais importante competição daquele país, a Top-14.

Mas será que esse facto será suficiente para garantir a vitória georgiana?

Sinceramente cremos que não, e se o estilo de jogo do nosso adversário se mantiver, se não houver capacidade para porem as linhas atrasadas a funcionar e a atacar – e muito – não será o maior poder, no papel, dos seus avançados que lhes dará a vitória.

E isto porque não basta dizer-se que uma equipa é superior à outra, para que ela o seja na realidade. É necessário comprová-lo no campo, e para isso há que contar com o adversário e com aquilo que ele permitirá que se faça.

E convém referir desde já que apesar das volumosas vitórias obtidas pelos Lelos nos dois primeiros jogos do torneio, a verdade é que a equipa portuguesa não tem qualquer comparação com a Ucrânia ou com a equipa espanhola que se deslocou à Geórgia.

Mas vamos dar uma vista de olhos à nossa equipa, para vermos se existem razões para entregarmos o favoritismo aos georgianos.

Pilares
Se do lado da Geórgia se vão apresentar dois jogadores experientes e poderosos, com muita rodagem na Top-14, do lado lusitano também não estamos nada mal:
Juan Murré e Cristian Spachuk tem demonstrado ser – em dois jogos de elevada dificuldade – capazes de garantir o equilíbrio das forças na formação ordenada e, tão importante como isso, tem desenvolvido um trabalho em toda a largura do terreno, com intervenções constantes na defesa ao largo e na movimentação da bola, como não é costume ver-se no europeu.
Em termos de experiência, pouco ficarão a dever aos seus adversários diretos, com Murré a ter feito os jogos da Amlin Challenge Cup quase sempre em posição de inferioridade, já que o El Salvador não é Portugal e o equilíbrio do nosso conjunto de avançados lhe dá uma muito maior cobertura, e com Spachuk a trazer na sua carga recente 20 jogos na ProD2, dos quais 14 na equipa inicial – são praticamente 1000 minutos de jogo nesta época, e a segunda divisão francesa, naquele particular aspecto das formações, pode em certas circunstâncias ser bem mais exigente que a Top-14.
No banco vai estar Anthony Alves que, apesar da sua juventude, já provou estar à altura das necessidades, e que poderá em qualquer momento ocupar um lugar dentro de campo.

Talonador
Akvsenti Giorgadze ao contrário dos seus colegas de primeira linha, e apesar de ter muita experiência conquistada especialmente em jogos da Top-14 até ao final da época passada, este ano apenas participou de um jogo do campeonato francês e por escassos quatro minutos, e em dois jogos da Heineken Cup num total de 43 minutos. Com 34 anos, o talonador da Geórgia não parece fazer parte dos planos do treinador da sua equipa de clube, nem agora, nem para o futuro.
Na equipa portuguesa João Correia não é apenas um experiente jogador, como é um jogador respeitado no grupo, a alma da alcatéia. Sólido, discreto mas eficaz, não será com toda a certeza por aí que os Lobos vão fraquejar, e se tivermos em conta que no banco está um jovem (23 anos) jogador, Lionel Campergue, que sempre que tem sido chamado tem demonstrado que o futuro do miolo da formação está assegurado, podemos ficar tranquilos. Quanto ao Lionel, só não sei se gostei daquele cortezinho de cabelo...

Segunda Linha
Dois pesos pesados da Federal 1 completam o cinco da frente georgiano e aqui Portugal leva vantagem, e essa vantagem pode mesmo significar que no conjunto dos homens da frente, a haver desequilíbrio, ele pode pender para o nosso lado.
Juan Severino não joga em França, mas quem o viu fechar a formação com a segurança com que o fez nos dois jogos anteriores, quem o viu cobrir terreno e dar consistência ao grupo, só pode dizer que a sua passagem de número 8 para fazer parelha com Gonçalo Uva, não vai diminuir o excelente trabalho que Eduardo Acosta fez até agora.
Quanto a Gonçalo Uva, a sua maturidade e o seu conhecimento do jogo garantem a qualidade do conjunto.  Sem contarmos que será o homem mais alto em campo e que em conjunto com Severino, Spachuck, Murré e Correia, contribui para os 548 quilos do cinco da frente, com que equilibramos os 547 da oposição.
No banco Rui d’Orey é também a certeza que a sua entrada em campo não vai reuzir as capacidades da equipa.

Terceira linha
Está claro que a ausência de Laurent Balangué vai ser falada, em especial depois do extraordinário jogo que ele fez na Rússia, mas a verdade é que Vasco Uva, Julien Bardy e Tiago Girão tiveram um comportamento exemplar em Novembro, e Girão, depois do repouso a que foi forçado, deve querer recuperar o seu lugar na equipa, o que, juntamente com a mobilidade e agressividade de Uva e Bardy, apenas deixa para Mamuka Gorgodze a classificação de um adversário de peso.
E digo de peso não apenas pelos seus 120 quilos, mas pela qualidade e consistência do seu jogo, que podem colocar o colega de Gonçalo Uva no Montpellier – onde tem jogado na segunda e na terceira linha asa - como uma das principais peças da equipa dos Lelos.
Quanto aos nossos asas, conseguem ocupar o terreno com grande eficácia, serão sempre duas setas visando o ataque georgiano, e quando tiverem a bola na mão são uma mais valia a que se pede apenas que não percam a cabeça.
Vasco Uva deve ter aproveitado o descanso que o nascimento da sua filha lhe proporcionou para recuperar algum cansaço acumulado, e espera-se que esteja cheio de fome de bola, coisa que Julien Brady tem sempre, nem é preciso perguntar!, e agora ainda mais com a perspectiva de vestir a camisola dos Barbarians no jogo dos 150 anos do Richmond RFC.
Jacque Le Roux é o rookie desta equipa, mas a avaliar pelo que tem feito internamente, a sua chegada à equipa é um facto com certeza positivo, e vem aumentar o nível de soluções ao dispôr de Errol Brain.

O médio de formação
Como já referimos anteriormente este poderá ser o ponto mais sensível da nossa equipa, mas Errol Brain ao optar por Pedro Leal no XV inicial, assumiu que as nossas linhas atrasadas podem render o mesmo, ou mais, do que com ele com a camisola 15, e acaba por ser uma opção que decorre do que se passou em Sochi.
Pedro Leal tem todas as condições para fazer um bom trabalho, e se a opção do treinador foi a de garantir uma maior circulação da bola ao cuidado das linhas atrasadas, então ele cumprirá com certeza a sua missão. E se as coisas começarem a correr menos bem com essa opção táctica, e houver necessidade de mudar, então José Pinto será o homem indicado para pôr gasolina no fogo dos nossos avançados.

O médio de abertura
A passagem de Joe Gardener para a posição chave do ataque foi um risco que a equipa técnica correu, mas que o tempo acabou por justificar.
O seu pontapé longo, que a equipa adopta como forma de transferir o jogo e a responsabilidade de não fazer erros, para os ombros dos seus adversários, a potência e rigor das suas transformações (já soma quatro penalidades e quatro transformações de cinco ensaios, neste europeu), que obrigam o adversário a evitar cometer faltas em qualquer lugar do seu meio campo são uma importante mais valia para os Lobos, e justificam por si só a sua chamada à titularidade.
Com os 20 pontos marcados, Joe Gardener ocupa a segunda posição na tabela dos marcadores de pontos desta competição, atrás de Merab Kvirikashvili que conta com 26, mas curiosamente na Federal 1 francesa onde ambos jogam, é Gardener que vai à frente com 165 contra 142 pontos marcados pelo Lelo..
Mas Gardener faz mais que usar os pés e pelas suas mãos têm passado muitas das movimentações ofensivas de Portugal, além de que tem melhorado substancialmente a sua capacidade defensiva.
No banco fica Pedro Cabral que com as suas 30 internacionalizações garante a segurança que um abertura tem que transmitir à equipa.

As linhas atrasadas
Este é o sector mais destacado da equipa lusitana, com um par de centros sólidos a defender e eficazes a atacar e um trio de trás de grande capacidade e rigor.
Pedro Silva e Frederico Oliveira dão todas as garantias que se podem exigir a este nível, assegurando uma quase total impenetrabilidade defensiva e a certeza de que qualquer falha na defesa adversária será explorada, enquanto Gonçalo Foro assegura não apenas uma cobertura de espaços defensivos muito agressiva, como consegue com regularidade encontrar espaços de ataque que parecem não existir.
José Lima, este ano promovido à equipa dos Lobos, cresce jogo a jogo, e são visíveis as correções que vem fazendo aos – poucos – erros que a sua juventude tem provocado nas suas actuações.
No banco Francisco Mira não compromete sempre que há necessidade de ser utilizado.
Finalmente temos António Aguilar que começou muito bem a campanha contra a Roménia na ponta direita, com uma eficácia defensiva que o distingue como um dos melhores executantes da Europa naquela posição. Mudando depois para a posição número 15, temia-se que o nível das suas actuações pudesse baixar, já que são dois sistemas diferentes de defender, os espaços são outros e isso poderia trazer algumas complicações.
Mas não foi nada disso que aconteceu, e se Aguilar souber manter a serenidade que a posição exige, e utilizar as armas do contra ataque e do pontapé longo de forma adequada, estamos certos que vai criar muitas dificuldades à equipa da Geórgia.

Em resumo
Não pretendi fazer uma análise exaustiva de cada jogadoraté porque não tenho acesso às estatísticas que a equipa técnica da nossa seleção possui, nem tive a oportunidade de analisar todos os jogos realizados em vídeo – mas apenas transmitir a idéia com que fiquei do que vi e deixar bem claro que gostei do que vi.


Agora uma coisa é certa – se há alguém que deva estar preocupado, esse será o treinador da Geórgia, que tem obrigação de ganhar, mas se calhar não tem as armas, a arte e o engenho para o conseguir.


VOLTAR A PÁGINA INICIAL

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PORTUGAL-GEÓRGIA, MAIS DO QUE O JOGO DO ANO

O JOGO DO PRÓXIMO SÁBADO É MUITO MAIS DO QUE O JOGO MAIS IMPORTANTE DO ANO, já que não estará em cima da mesa apenas a possibilidade de Portugal se tornar campeão da Europa de XV pela segunda vez na história, mas também por outras importantes questões.

Depois dos êxitos conseguidos frente à Roménia e à Rússia, em dois jogos que tiveram uma movimentação pouco habitual nesta divisão da Europa, e atrevo-me mesmo a dizer – tendo bem presentes as enormes diferenças entre os níveis do rugby praticado – em toda a Europa, não importa apenas ganhar, é necessário saber se a nova atitude e capacidade demonstrada por uma equipa basicamente constituída por jogadores com muitos anos de experiência, e que beneficiaram de todo um processo de evolução e maturação que foi conduzido por Tomás Morais na última década, foi fruto de factos meramente circunstanciais, ou se representa uma revolução no nível mais alto do rugby nacional.

Ou seja, será esta equipa capaz de manter os níveis que alcançou nos dois jogos anteriores, apresentando-se de uma forma consistente e com capacidade para discutir o resultado até ao apito final?

Assistimos ao vivo ao jogo com a Roménia e tivemos oportunidade de analisar com cuidado o vídeo integral do jogo com a Rússia, e o primeiro facto que importa salientar diz respeito ao ritmo do jogo, com a bola quase sempre viva, e com as equipas tentando criar situações sucessivas de ataque, a que as outras responderam com um quase constante reposicionamento defensivo que dificultou a obtenção de pontos por ensaio – e marcou mais quem melhor aproveitou os deslizes das defesas.

Nestas circunstâncias alguns erros defensivos acabaram por se tornar mais evidentes, mas se compararmos a percentagem de sucesso defensivo, com outros jogos de anos anteriores, podemos afirmar sem risco de engano, que tendo havido mais movimentos atacantes, houve, consequentemente, mais capacidade defensiva, já que o número de ensaios sofridos foi semelhante ao que aconteceu no passado (quatro este ano, contra três no ano passado, com os mesmos adversários).

Ou seja, cada vez mais os erros defensivos, mesmo depois de muita e melhor defesa, são geralmente castigados com a obtenção de pontos pelo adversário.

Os Lobos demonstraram que estão muito melhores a defender, quer através das suas linhas atrasadas, quer através do alargamento do raio de ação dos seus avançados, e também não restam dúvidas que o rendimento ofensivo mais que duplicou (!) já que a atacar conseguimos mais e melhor que no passado, marcando cinco ensaios nos dois jogos, quando no ano anterior apenas conseguimos dois, e esse é um crédito que tem que ser dado aos actuais técnicos e jogadores.

Por outro lado em relação às linhas atrasadas, não raro se tornou difícil distinguir entre um dos seus elementos e um elemento do pack avançado, quer pela sua presença física, quer pela agressividade com que enfrentaram as situações.

E quando falamos de “defesa” estamos a incluir as situações de disputa ou recuperação de bola nas formações espontâneas, com os nossos três quartos a desenvolverem movimentos que até agora, em Portugal, apenas víamos acontecer com os oito da frente.

Quanto aos oito da frente, a capacidade atlética do seu conjunto foi o que mais impressionou, em especial por se ter transformado o conceito de eficácia nas formações ordenadas e alinhamentos, por um conceito global de competência e mobilidade que muito nos agradou.

Não vamos fazer nenhuma referência individual, mas a verdade é que os nossos avançados cobriram quase sempre, quase todo o terreno, e pela primeira vez, em dois jogos seguidos contra dois adversários de grande valor – há quem desdenhe afirmando que Roménia e Rússia não se apresentaram com a sua melhor equipa, são tretas, os Lobos simplesmente não os deixaram jogar! – com uma ou duas excepções absolutamente esporádicas, ou fomos superiores ou, pelo menos, não fomos dominados.

Não pretendemos aqui fazer uma análise exaustiva do que se passou nos jogos anteriores, mas não podíamos deixar de prestar justiça à evolução que se viu e sentiu na equipa conduzida por Errol Brain e Frederico Sousa.

No entanto, nem tudo o que se disse anteriormente quer dizer que tudo correu bem.

Na verdade subsistem algumas dúvidas que tememos se possam transformar em nuvens mais ou menos negras, e apesar dos sucessos que tanto nos satisfazem não podemos embarcar na simples e fácil via do elogio, para com isso cairmos nas graças de uns ou de outros.

Apesar da melhoria global do grupo dos 24 jogadores já utilizados, e de sentirmos que uma pontual troca de um avançado pode não afetar a equipa, a sensação que ficou dos jogos realizados foi que as soluções portuguesas se esgotam neste lote de jogadores, eventualmente em mais um ou dois.

E tanto mais assim é, que a situação perigosa que vivemos no que diz respeito aos nossos médios de formação, ganha contornos de difícil compreensão.

Mas vamos por partes: será que o jogador que tem sido utilizado como segundo médio de formação não tem competência para o lugar? Nada disso.

O que se passa é que a movimentação de lugares que a troca de médios implica torna a nossa equipa objectivamente mais frágil, menos capaz de articular a sua movimentação, quer defensiva, quer ofensiva.

Quer isto dizer que os jogadores que tem entrado na equipa não são suficientemente bons para o lugar? Nada disso, eles apenas precisam de tempo para que se possa deles tirar tudo o que se deve tirar a este nível, e quando para trocar de médio de formação a equipa se vê obrigada a trocar de defesa e de um ponta, o risco de erro aumenta e os adversários têm aproveitado para se aproximar perigosamente de nós.

Por outro lado são óbvias as diferenças entre o estilo dos dois médios de formação utilizados, e se um empurra os seus avançados para extremos de exigência que os pode conduzir à exaustão, a verdade é que o outro, sendo embora um grande distribuidor de jogos, à mão ou ao pé, não consegue manter os níveis de agressividade dos oito da frente, com o conseqüente abaixamento no rendimento global da equipa.

E na nossa opinião, a verdadeira razão do sucesso desta equipa reside nos altos níveis de agressividade, defensiva e ofensiva, a que os nossos adversários não estão habituados, e se mantivermos esses níveis durante os 80 minutos contra a Geórgia, então será possível reverter uma linha de resultados que não nos é favorável desde 5 de Fevereiro de 2005.

Em resumo, achamos que o médio de formação dos Lobos é o calcanhar de Aquiles de Portugal, mesmo tendo dois excelentes intérpretes, e mesmo que as nossas linhas atrasadas, no seu todo, sejam o melhor conjunto do Campeonato da Europa.

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LOBOS NA TAÇA DAS NAÇÕES 2011

<script type="text/javascript">
window.google_analytics_uacct = "UA-17393982-11";
</script>
PORTUGAL REGRESSA À TAÇA DAS NAÇÕES EM JUNHO, defrontando os Jaguares da Argentina, os Kings da África do Sul e a Namíbia, num torneio feito à medida para preparar algumas seleções para o Mundial, mas onde os Lobos terão oportunidade de confirmar os seus recentes sucessos.

O torneio terá lugar em Bucareste entre os dias 10 e 19 de Junho, e a Geórgia e a Roménia juntam-se a Portugal, defrontando os mesmos três adversários.

Recorde-se que no ano passado a Namíbia foi a vencedora da prova, que contou com a presença das mesmas equipas e mais a Itália A, equipa que este ano os Lobos substituem.

Portugal apenas participou da prova em 2006, ano da sua introdução no calendário internacional, não tendo sido escolhido para participar desde então, apesar do alargamento da competição de três para seis equipas, logo no segundo ano em que se disputou.

Veja aqui o Calendário completo dos jogos:



Dia 1 Sexta-feira 10 de Junho
17:00   Romania v Namibia   
19:00   Georgia v South African Kings
21:00   Argentina Jaguars v Portugal
 Dia 2 Quarta-feira 15 de Junho
17:00   Georgia v Argentina Jaguars
19:00   Romania v South African Kings
21:00   Portugal v Namibia
Dia 3 Domingo 19 de Junho
17:00   Portugal v South African Kings
19:00   Georgia v Namibia
21:00   Romania v Argentina Jaguars

VOLTAR A PÁGINA INICIAL

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

LOBOS DERRUBAM CARVALHOS

UMA VITÓRIA POR 24-17 FOI O RESULTADO JUSTO DO ENCONTRO QUE OPÔS PORTUGAL À ROMÉNIA, no primeiro jogo do Campeonato da Europa das Nações de 2011, abrindo excelentes perspectivas quanto ao futuro de Portugal na competição.

Os três ensaios marcados por Portugal que ditaram a terceira vitória da história do rugby luso frente aos romenos – e aquela que teve maior expressão, já que as duas anteriores aconteceram apenas por um ponto de vantagem – pecou apenas por escassa, já que apesar do maior poder dos carvalhos nas formações ordenadas, quem dominou o sector avançado foram mesmo os portugueses, quer defendendo de forma a não permitir a conquista da linha de vantagem por parte dos visitantes, mas também pela contínua pressão que aplicaram sobre os adversários, com constantes raides onde os romenos menos esperavam – pelos avançados.

Portugal começou bem com um ensaio de Pedro Silva logo na primeira bola de jogo, com uma sucessão de pontapés para lá e para cá, que o centro português aproveitou da melhor maneira – tirando partido da dificuldade de movimentação das linhas atrasadas romenas – e marcando entre os postes.

A transformação de Joe Gardener foi simples, o mesmo se não podendo dizer da penalidade que ele transformou a cerca de 55 metros dos postes, com uma facilidade que dá crédito à sua condição de grande pontapeador.

Mas foi só aos 22 minutos de jogo que a sorte se mostrou lançada, quando António Aguilar na conclusão de um movimento que começou na nossa área de 22, marcou o segundo ensaio português, e quatro minutos depois, aos 26, quando Frederico Oliveira aproveitou uma falha técnica do ataque romeno, mais uma vez junto aos nossos 22, e correu todo o campo para marcar o terceiro ensaio dos Lobos, mais uma vez transformado por Gardener.

Com o intervalo a chegar com os portugueses na frente, com uma vantagem muito apreciável (24-3), atravessou o Universitário a sensação de que poderia ser um resultado memorável.

Mas a segunda parte chegou e apesar do ritmo de jogo se manter na mesma, com os romenos a tentarem forçar o jogo pelos poderosos oito da frente, mas sem conseguirem quebrar a linha de defesa nacional, foram ainda os Lobos que perderam as duas mais claras oportunidades de marcar, quando Vasco Uva se deixou placar, já com as bancadas todas de pé, e perdeu um ensaio feito, e quando na melhor jogada dos Lobos em toda a partida, um avant infantil, deitou por água abaixo a ocasião.

Os romenos subiram de rendimento e acabaram por marcar dois ensaios tranformados, que reduziram os números aos finais 24-17, podendo os visitantes dar-se por muito felizes do ponto de bônus que levaram de Lisboa, e da tareia que não levaram, mas estiveram na eminência de sofrer.

Quanto à segunda metade do segundo tempo, vieram à tona alguns dos nossos problemas, e não compreendemos a troca que Errol Brain fez, subindo Pedro Leal para a formação e tirando José Pinto – que mais uma vez esteve muito bem no jogo com os avançados – e passando António Aguilar para a defesa.

Se a idéia era dar algum tempo de jogo a todos os elementos, então teria sido altura de manter a estrutura da equipa e substituir Gonçalo Foro, que fez um jogo excepcional, mas que denotava algumas óbvias dificuldades de recuperação física. As outras alterações nas linhas atrasadas só podem ter como justificação a vontade de dar um prémio a todos os jogadores, mas a verdade é que isso nos pode ter custado o quarto ensaio e o respectivo ponto de bônus, e nunca saberemos se mantida a estrutura da equipa os romenos teriam conseguido o ponto de bônus defensivo que levam na bagagem.

Ou seja, em vez da diferença entre as duas equipas ser, na tabela classificativa, de cinco pontos, ela é apenas de três.

Quanto aos avançados o que mais impressionou foi a decisão com que atacaram os carvalhos no seu ponto mais forte, não dando nem espaço nem tempo para eles se organizarem e ultrapassarem a linha de vantagem, obrigando-os mesmo a circular a bola pelas linhas atrasadas, que não tem competência para jogar a este nível e foram simplesmente dominadas pelos portugueses.

Numa equipa que esteve muito bem no seu geral, uma palavra para Vasco Uva na primeira parte e Julien Bardy na segunda, nos avançados, e para António Aguilar e José Pinto nas linhas atrasadas.

Agora os Lobos vão a casa dos Ursos, e a tarefa não vai ser nada fácil, apesar da vitória pouco expressiva que estes conseguiram frente à Espanha – os Leões – por 28-24, mas uma coisa é certa: a equipa está forte, com mobilidade e com muita vontade de fazer bem.

A continuação dos jogos apenas a pode fazer melhorar, e talvez fosse altura para Brain decidir pela chamada de um segundo médio de formação com rotina do lugar, pois em caso de lesão de José Pinto, com a entrada de Pedro Leal vai-se perder uma parte substancial da dinâmica dos nossos avançados.

De qualquer modo Errol Brain ganhou a aposta e pode mesmo dizer-se que acaba por ser a carta mais forte que a actual direção pode utilizar até este momento.

Parabéns a todos os envolvidos!